sábado, 31 de outubro de 2015

Fui adotado pela Freita

Hoje desloquei-me à Serra da Freita, juntamente com um grupo de enormes atletas e amigos: Óscar, Isabel, Ricardo, Milton e António.

O objetivo era ir à aldeia de Drave, uma aldeia desabitada mas com um encanto fenomenal, escondida atrás de montes e montanhas, que nos espreita com o seu olho branco assim que começamos a descer na sua  direção.



Um caminho fabuloso, onde os olhos se enchem de emoção a cada olhar em redor. Ali a natureza foi pincelada e decorada por artistas anónimos, mas fantásticos. Cada pedra, cada árvore, cada arbusto, cada descida e subida, cada rio e riacho foram colocados não de forma ao acaso, mas num excelente exercício de decoração e combinação entre todos estes elementos. Onde os mais ínfimos pormenores não são deixados ao acaso.


Ao longo do caminho vamos assistindo ao desabrochar de aldeias, pintadas propositadamente de cinzento, que encaixam na perfeição no enorme vestido verde que nos oferece a natureza, acompanhadas aqui e ali de pinceladas alaranjadas. 


Por todo o lado aparece água em forma de rios, riachos e pequenas cascatas que refrescam e gelam  as emoções e que nos permitem manter o pensamento focado na contemplação. 



A simpatia das gentes destas terras, surge a cada pequeno contato que se tem... "bom dia" "onde vão" "de onde vêm" "tão longe" "olhe que se cansam muito" "vão com cuidado"... é impossível não retribuir toda esta simpatia, toda esta preocupação.




De repente, quando menos esperas, surge ao fundo, bem escondida, parecendo estar envergonhada da sua pequena dimensão a aldeia de Drave... com aquele olho branco, a controlar todos os teus movimentos e de uma forma muito simpática parece chamar-te, ao seu encontro, mas a dizer-te que venhas com cuidado para não te estragares nem a estragares.

Entras e és absorvido por toda aquela beleza simples, aquelas ruas de calçada torta, com casas recuperadas e por recuperar... mas o cinzento e verde encaixam na perfeição. Paras de correr e caminhas, caminhas, caminhas... e depois ganhas coragem, regressas, mas já com saudades e vontade de lá voltar.







No final podes dizer sem medo "Ali eu fui feliz"

































Sem comentários:

Enviar um comentário